3 de jul. de 2014

A História de Brandon Teena




Hoje trago a História da Brandon Teena (1972-1993) que realmente me comove muito,uma história muito triste e injusta,que nos faz olhar o mundo de outra maneira,com outra percepção,pessoas que poderiam ter mudado a história de Brandon e não o fizeram,uma história que revela a nós como existem pessoas más e indignas no mundo,pessoas que nunca perdoarei pelo tal ato.
      Brandon Teena é uma das mais famosas homossexuais dos nossos dias(Ela não concluiu sua  operação por isso pronunciarei no femenino). Sua história ainda não é conhecida do grande público no Brasil, mas ela/e se tornou um ícone pelo reconhecimento da identidade sexual nos Estados Unidos e Europa. Um caso singular, de alguém que desenvolveu uma personalidade e uma sexualidade alternativas à sua realidade. E que teve um fim trágico e brutal. A história de Brandon Teena já ganhou duas versões na telona. A primeira em "The Brandon Teena Story", documentário dirigido por Susan Muska e Greta Olafsdottir em 1998. O filme venceu o Teddy Bear no Festival de Berlim, e ainda ganhou como melhor filme no OutFest e no Festival de San Francisco, em 1998. A segunda versão da sua história está no filme Boys "Don´t Cry", de Kimberly Peirce, filme realizado em 1999.O filme é realmente lindo e retrata bem oque houve com Brandon,otimas atuações,quando vocês assistirem entenderam melhor.Deixarei o link no final.

          Por este filme, a atriz Hilary Swank ganhou este ano o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, interpretando Brandon Teena. Ela nasceu como Teena Brandon em Lincoln, Nebraska. Em 1993, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Humboldt, e já então vivia o tempo inteiro disfarçada de homem, usando o nome de Brandon Teena, preparando-se para a sonhada mudança de sexo. 
Passou como homem em Humboldt tranquilamente, até o momento em que a polícia local investigou sua identidade e descobriu que Brandon era uma garota. A polícia divulgou a descoberta no Falls City Journal, o jornalzinho local. Uma semana depois, no Natal de 1993, Brandon foi agredida e estrupada por dois rapazes que ela identificou para a polícia como sendo Thomas Nissen e John Lotter, seus amigos.
Uma atitude de coragem de Brandon, pois seus dois agressores haviam ameaçado-a de morte caso contasse o incidente à polícia. E infelizmente a ameaça foi cumprida. Tudo porque, após a denúncia de Brandon à polícia, nada foi feito e os acusados não foram presos. A irmã de Brandon, Tammy Brandon, foi ao xerife do condado, Charles B. Laux, indagar porque a dupla de agressores não havia sido presa, já que Brandon Teena havia identificado-os como sendo os agressores. A resposta do xerife foi que "ele não precisava da ajuda dela" (Tammy).
O xerife afirmou estar perseguindo a dupla de agressores no momento do assassinato de Brandon. No entanto, rumores dão conta de que ele na verdade abafou o caso e evitou prender os dois, para evitar um escândalo na cidade durante as eleições. O xerife Laux se reelegeu em novembro de 1995.
          A polícia como sempre se eximiu de culpa, dizendo que terem divulgado a verdadeira identidade de Brandon nos jornais nada teve a ver com seu assassinato. A irmã de Nissen, um dos culpados, afirmou que Nissen e Lotter haviam ficado enraivecidos ao saberem do caso. Não podiam conceber que Brandon tivesse vivido todo o tempo "disfarçada" de homem, e ainda por cima namorando uma garota, Lana Tisdale.
Leslie Feinberg, membro do New York City Gay and Lesbian Anti-Violence Project, foi convocada pela Justiça Americana para investigar o caso, já que Brandon pode ter sido vítima de negligência das autoridades locais, que negaram apoio e não prenderam de imediato os agressores; caso tivessem feito isto, Brandon ainda poderia estar viva.
O caso provocou grande comoção pública e protestos e manifestações de ativistas transsexuais, militantes e grupos defensores dos direitos humanos.
              A opinião pública pedia um julgamento para os culpados. O veredito foi dado em fevereiro de 1996: John Lotter foi condenado à pena de morte, e Thomas Nissen à prisão perpétua. As garotas que namoraram Brandon ficaram todas espantadas ao descobrirem sua verdadeira identidade.
Ninguém nunca havia desconfiado, e Brandon era o namorado perfeito: compreensivo, doce, e mandava flores para suas namoradas. Em depoimento à polícia, quando denunciou seus agressores, Brandon parece muito nova, insegura e carente. E diz: "Eu tenho uma crise de identidade sexual". A história de Brandon torna-se ainda mais desconcertante quando se percebe as contradições presentes na ignorância e no preconceito. Após estuprá-la, um de seus agressores perguntou a ela: "Continuamos amigos?" Sua última namorada, Lana Tisdale, afirmou por sua vez que continuou amando Brandon, mesmo depois de tudo.


>>>Para assistir  BOYS DON'T CRY clique AQUI











CENAS DO FILME BOYS DON'T CRY ( MENINOS NÃO CHORAM )





2 comentários:

  1. Observação brandon não era homossexual, era um homem transsexual designado compulsoriamente como mulher ao nascer, não é porque ele não concluiu a operação para readequação de gênero que devemos tratá-lo no feminino, é uma falta de respeito a pessoa que ele era.

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    Respostas
    1. Perfeito! Isso mesmo! E hoje eh tão claro isso que incomoda ler o texto.

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