Hoje trago a História da Brandon Teena (1972-1993) que realmente me comove muito,uma história muito triste e injusta,que nos faz olhar o mundo de outra maneira,com outra percepção,pessoas que poderiam ter mudado a história de Brandon e não o fizeram,uma história que revela a nós como existem pessoas más e indignas no mundo,pessoas que nunca perdoarei pelo tal ato.
Brandon Teena é uma das mais famosas homossexuais dos nossos dias(Ela não concluiu sua operação por isso pronunciarei no femenino). Sua história ainda não é conhecida do grande público no Brasil, mas ela/e se tornou um ícone pelo reconhecimento da identidade sexual nos Estados Unidos e Europa. Um caso singular, de alguém que desenvolveu uma personalidade e uma sexualidade alternativas à sua realidade. E que teve um fim trágico e brutal. A história de Brandon Teena já ganhou duas versões na telona. A primeira em "The Brandon Teena Story", documentário dirigido por Susan Muska e Greta Olafsdottir em 1998. O filme venceu o Teddy Bear no Festival de Berlim, e ainda ganhou como melhor filme no OutFest e no Festival de San Francisco, em 1998. A segunda versão da sua história está no filme Boys "Don´t Cry", de Kimberly Peirce, filme realizado em 1999.O filme é realmente lindo e retrata bem oque houve com Brandon,otimas atuações,quando vocês assistirem entenderam melhor.Deixarei o link no final.
Por este filme, a atriz Hilary Swank ganhou este ano o Globo de Ouro de melhor atriz dramática, interpretando Brandon Teena. Ela nasceu como Teena Brandon em Lincoln, Nebraska. Em 1993, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Humboldt, e já então vivia o tempo inteiro disfarçada de homem, usando o nome de Brandon Teena, preparando-se para a sonhada mudança de sexo.
Passou como homem em Humboldt tranquilamente, até o momento em que a polícia local investigou sua identidade e descobriu que Brandon era uma garota. A polícia divulgou a descoberta no Falls City Journal, o jornalzinho local. Uma semana depois, no Natal de 1993, Brandon foi agredida e estrupada por dois rapazes que ela identificou para a polícia como sendo Thomas Nissen e John Lotter, seus amigos.
Uma atitude de coragem de Brandon, pois seus dois agressores haviam ameaçado-a de morte caso contasse o incidente à polícia. E infelizmente a ameaça foi cumprida. Tudo porque, após a denúncia de Brandon à polícia, nada foi feito e os acusados não foram presos. A irmã de Brandon, Tammy Brandon, foi ao xerife do condado, Charles B. Laux, indagar porque a dupla de agressores não havia sido presa, já que Brandon Teena havia identificado-os como sendo os agressores. A resposta do xerife foi que "ele não precisava da ajuda dela" (Tammy).
O xerife afirmou estar perseguindo a dupla de agressores no momento do assassinato de Brandon. No entanto, rumores dão conta de que ele na verdade abafou o caso e evitou prender os dois, para evitar um escândalo na cidade durante as eleições. O xerife Laux se reelegeu em novembro de 1995.
A polícia como sempre se eximiu de culpa, dizendo que terem divulgado a verdadeira identidade de Brandon nos jornais nada teve a ver com seu assassinato. A irmã de Nissen, um dos culpados, afirmou que Nissen e Lotter haviam ficado enraivecidos ao saberem do caso. Não podiam conceber que Brandon tivesse vivido todo o tempo "disfarçada" de homem, e ainda por cima namorando uma garota, Lana Tisdale.Leslie Feinberg, membro do New York City Gay and Lesbian Anti-Violence Project, foi convocada pela Justiça Americana para investigar o caso, já que Brandon pode ter sido vítima de negligência das autoridades locais, que negaram apoio e não prenderam de imediato os agressores; caso tivessem feito isto, Brandon ainda poderia estar viva.
O caso provocou grande comoção pública e protestos e manifestações de ativistas transsexuais, militantes e grupos defensores dos direitos humanos.
A opinião pública pedia um julgamento para os culpados. O veredito foi dado em fevereiro de 1996: John Lotter foi condenado à pena de morte, e Thomas Nissen à prisão perpétua. As garotas que namoraram Brandon ficaram todas espantadas ao descobrirem sua verdadeira identidade.
Ninguém nunca havia desconfiado, e Brandon era o namorado perfeito: compreensivo, doce, e mandava flores para suas namoradas. Em depoimento à polícia, quando denunciou seus agressores, Brandon parece muito nova, insegura e carente. E diz: "Eu tenho uma crise de identidade sexual". A história de Brandon torna-se ainda mais desconcertante quando se percebe as contradições presentes na ignorância e no preconceito. Após estuprá-la, um de seus agressores perguntou a ela: "Continuamos amigos?" Sua última namorada, Lana Tisdale, afirmou por sua vez que continuou amando Brandon, mesmo depois de tudo.
Observação brandon não era homossexual, era um homem transsexual designado compulsoriamente como mulher ao nascer, não é porque ele não concluiu a operação para readequação de gênero que devemos tratá-lo no feminino, é uma falta de respeito a pessoa que ele era.
ResponderExcluirPerfeito! Isso mesmo! E hoje eh tão claro isso que incomoda ler o texto.
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